É muito comum vermos o bebezinho vagando o olhar por tudo e nos questionarmos como será que o bebê enxerga. Conhecer o desenvolvimento da visão do bebê nos ajuda a entender como ele percebe o mundo, a oferecer estímulos adequados e também a ficarmos atentos à sinais de algum problema de visão.
Apesar desse desenvolvimento se estender por vários anos, é do nascimento aos 12 meses que as grandes mudanças acontecem. A visão começa a ser formada na gestação e o bebê vai conseguir perceber, ainda dentro da barriga da mãe, variações de luminosidade. A alimentação e os hábitos de vida, como fumar e consumir álcool, podem afetá-la negativamente e causar problemas irreversíveis. Mas então o bebê vem ao mundo, cheio de estímulos! Vamos ver o que acontece depois do nascimento:
Ao nascer
Os bebês não conseguem focar um objeto e a visão central ainda está desenvolvendo. Demora uns 3 meses até que o desenvolvimento da retina e sua conexão com o cérebro se estabeleça plenamente. Sua visão é turva e não consegue ver as cores, apenas nuances de cinza, e percebe grandes contrastes.
Com 1 mês
Começa a enxergar cores, mas não muita variação entre elas. Vermelho é a primeira cor que é vista. Depois vai percebendo variações até o amarelo e por fim azul. Cores primárias e formatos variados é o que vai chamar atenção do bebê. A capacidade de focar fica restrita a distâncias de 25-30 cm, conseguindo identificar o rosto de quem está cuidando dele.
Com 3 meses
Começa a focar e a seguir objetos. É interessante movimentar um objeto na frente dele pra que ele acompanhe. Até esse momento, é normal se ele ficar estrábico (vesgo) em situações pontuais ao exercitar esses movimentos oculares. Nesse momento, mordedores e chocalhos são interessantes, pois o som vai ajudar a guiar o olhar e o aro do mordedor favorece a pegada e permite que o bebê manipule o objeto. Móbiles e brinquedos pendurados também são interessantes!
Com 4 meses
Começa a identificar a que distância os objetos estão dele. A estimulação com móbiles coloridos pode ser feita tanto com o bebê de barriga pra cima, quanto de bruços (com a altura do móbile ajustada), fazendo com que ele levante o pescoço para olhar para a frente. Isso é um estímulo importante para o seu desenvolvimento motor e visual.
Com 5 meses
Consegue ver em três dimensões, passando a ter uma perspectiva de profundidade. Assim, ficam melhores em alcançar coisas pois percebem a distância de um objeto com relação à sua mão. Consegue lembrar visualmente do objeto mesmo que o veja apenas parcialmente. Você pode pegar um bambolê, amarrar diversos objetos de cores, texturas e formatos diferentes e coloque o bebê no centro de bruços. Explorar esses objetos vai ajudar na percepção de direção e profundidade, além de trazer inúmeros benefícios para as funções motoras e cognitivas!
Com 6 meses
Avanços significativos ocorreram nos centros de visão do cérebro, permitindo que o bebê veja mais distintamente e mova seus olhos com mais rapidez e precisão para seguir objetos em movimento. A visão está cada vez mais nítida, em torno de 95% de eficiência visual. Percebe cores quase igual a um adulto.
Entre 7-12 meses
Conseguem coordenar melhor os olhos com a mão. Tem muito mais facilidade e precisão ao levar objetos à boca. Começam a engatinhar e explorar ambientes e ficam mais propensos a pequenos acidentes domésticos, inclusive com risco de enfiar algum objeto no olho. O engatinhar é muito importante no desenvolvimento da coordenação olho-mão, não desincentive esse movimento mesmo que já esteja começando a andar.
Com 9 meses
A pigmentação da íris termina e a cor do olho é definida. É difícil ter uma variação significativa depois dessa idade.
Após um ano de idade
O olho já consegue ver praticamente como um adulto, mas ainda está em desenvolvimento. O olho ainda vai se acomodar melhor na caixa craniana, ficando mais arredondado e os músculos que envolvem focar longe e perto ainda estão se desenvolvendo e "precisam ser exercitados". Estar agindo no mundo é estímulo o suficiente. Telas são prejudiciais no sentido de estimularem a criança em uma distância de foco única, deixando o olho "preguiçoso" e podendo causar miopia e fadiga digital ocular.
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