Assisti recentemente essa animação de 2018 dirigida pelo argentino Juan Antín, escrita por ele e por Christophe Poujol, disponível na Netflix, chamada Pachamama.
Esse filme conta a história de Tepulpaï, um menino habitante de uma pequena vila de povos originários andinos, que sonha em ser Xamã. A vila estava subjugada ao comando do Império Inca e durante uma cerimônia de celebração às colheitas e agradecimento à Pachamama (a deusa "mãe terra"), os coletores de impostos resolvem levar a Huaca, um artefato sagrado para eles, como parte do pagamento.
Querendo provar que é capaz e merecedor, Tepulpaï se aventura no resgate do artefato e Naïra sua amiga, resolve lhe ajudar. As dificuldades aumentam quando os colonizadores Espanhóis atacam Cusco e arredores. Não bastasse, as duas crianças são acompanhadas (e ajudadas) pelo tatu Kirkincho e pela lhama Lamita!
Mais do que a jornada pela recuperação da Huaca, acompanhamos o desenvolvimento do personagem Tepulpaï, observando-o compreender conceitos de coletividade, paciência e o valor das tradições do seu povo. O filme trata de vários assuntos com bastante leveza e sutileza: respeito pela cultura, pelos anciãos, pela natureza, e também a colonização, a guerra e a morte.
E tudo isso com desenhos e artes belíssimos, com uma riqueza de simbologias e cores vivas!! Gostaria de ressaltar que desconheço a cultura andina, por isso não posso opinar pela acuracidade do filme. Mas como uma leiga curiosa, terminei o filme e fui correndo pesquisar mais sobre a cultura andina e a divindade Pachamama!
Espero que esse filme desperte em vocês e em suas crianças esse respeito e admiração pelos povos originários.
