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Foto do escritorIsadora B. Esperandio

Wangari Maathai e o Movimento do Cinturão Verde

Atualizado: 14 de mar. de 2021

21 de Setembro é o Dia da Árvore e para celebrar, venho contar um pouco a história dessa maravilhosa mulher que criou um movimento que plantou mais de quarenta milhões de árvore pelo mundo!


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Fonte: The Green Belt Movement

Wangari Maathai é uma mulher queniana, nascida em 1940. Apesar de não ser muito comum para a época e para a cultura em que estava inserida, ela foi para a escola primária e, depois, para uma escola secundária para meninas. Formou-se com êxito e queria continuar seus estudos, mas não tinha interesse em ser enfermeira ou professora, que eram as profissões de mulheres da época, queria ser bióloga. Passou em uma universidade africana, mas foi prestigiada com uma bolsa da Fundação Joseph P. Kennedy Jr. e, com outros trezentos quenianos, prosseguiu seus estudos nos Estados Unidos. Em 1964, torna-se a primeira mulher da África Oriental a obter o bacharelado em biologia, no Mount St Scholastica College, em Kansas. Wangari não parou por aí, fez Mestrado em biologia pela Universidade de Pittsburgh, trabalhou como pesquisadora na Alemanha, fez Doutorado em anatomia na Universidade de Nairóbi. Foi a primeira mulher na África Oriental e Central a receber o grau de doutora naquela universidade, onde também se tornou professora de anatomia veterinária. Neste mesmo período, tornou-se presidente do Conselho Nacional de Mulheres no Quênia.


"Quando nós plantamos árvores, nós plantamos sementes de paz e esperança." Wangari Maathai

Então, em 1977, com o objetivo de ajudar as mulheres do Conselho que estavam sofrendo com a escassez de água e outros recursos nas plantações, iniciou o Movimento do Cinturão Verde (The Green Belt Movement). Wangari percebeu que o desmatamento estava causando erosão do solo, diminuindo a oferta de água e também fazendo com que a lenha, principal combustível local para cozinhar, estava ficando muito distante das fazendas e propôs como solução a plantação de árvores na zona rural. Mais de 40 milhões de árvores foram plantadas, e além da conservação ambiental e redução da pobreza, ela incorporou advocacia e capacitação para mulheres, ecoturismo e desenvolvimento econômico geral no movimento.

Por suas lutas ambientais e feministas, indo contra um governo opressor no Quênia, Wangari Maathai ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 2004, e cinco anos depois, tornou-se Mensageira da Paz das Nações Unidas.

Em 2011, aos 71 anos, Wangari faleceu de câncer de ovário em Nairóbi. Nos últimos anos, ela cooperava com a ONU em um projeto que visava plantar 1 bilhão de árvores.


Esta é uma das histórias de 100 mulheres incríveis, reunidas no livro Histórias de Ninar para Garotas Rebeldes, um projeto para inspirar nossas garotas a sonharem grande e batalharem pelo que desejam, e narrada no podcast de mesmo nome, parceria entre B9 e Bradesco que você pode escutar aqui:



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